Não adianta nada.



Não adianta nada querer saber de tudo se, no final tudo será monótono e desinteressante. Não adianta nada não saber de nada, se no final tudo será algo estranho e você não irá entender.

Não adianta nada querer amar se, no final de tudo, esse amor pode não ser correspondido. Não adianta nada ser amado se, no final de tudo, você provavelmente não pode mais corresponder esse amor.

Não adianta nada querer ser feliz se, no final de tudo, você sabe que a felicidade não está o tempo todo na sua vida. Não adianta nada querer ser triste se, no final de tudo, irá se lamentar mais ainda por não aproveitar as felicidades que passaram na sua frente.

Não adianta nada querer tentar algo se, no final de tudo, tudo poderá ser um fracasso. Não adianta nada querer deixar de tentar se, no final de tudo, você se arrependerá de não ter tentado.

Não adianta nada mesmo é você não ter feito tudo isso que disse. Pois, no final de tudo isso, você vai ver que você não é o único que passou por tudo isso.
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Manual de Instruções.


Jamais fica tentando imaginar o motivo o qual eu estou escrevendo isso. É perda de tempo. Eu sei que muitas coisas que falo ou escrevo saem de pensamentos meus, ou pode ser fruto de um simples dialogismo. Sei também que há situações concretas o qual me fez rabiscar um pequeno texto qualquer (Como há alguns por aqui). Há a possibilidade de realmente ter chorado ao escrever palavras de grande mágoa, como ao mesmo tempo eu posso ter escrito as mais belas frases de amor por está perdidamente apaixonada por alguém. Como também pode haver grande possibilidade de ser o contrário, ou então, de eu não está sentindo nada do que eu estou escrevendo neste texto.

Quando for ler (principalmente aqueles que me conhecem pessoalmente) jamais tente imaginar o que tenha acontecido. O meu ideal não é esse. Aquele que tem a simples paixão de está rabiscando algo que pensa, pode tirar suas idéias em qualquer situação ou em qualquer momento o qual ele já passou e justamente agora está tendo coragem de colocar para fora.

Quando Fernando Pessoa diz que o poeta é um fingidor, isto é, qualquer rabiscador também é um fingidor (podemos nos encaixar nessa categoria), não necessariamente estaremos fingindo o tempo todo quando escrevemos algo. Nosso ideal maior é a reflexão que podemos tirar daqueles que estão lendo aquilo que escrevemos. Aí vem a questão da frase “chega fingir o que é dor/ a dor que deveras sente”, pois nós podemos ter sentido aquela dor, ou então, um dia iremos sentir, pois a dores (como qualquer outro sentimento humano) pode chegar a qualquer ser humano vivo. A conclusão de tudo isso: Se você realmente concorda/discorda/acrescenta com alguém fala ou escreve algo, significa que dentro de você mesmo, você já passou/refletiu por/sobre isso. E que cada situação que podemos escrever aqui, nós, assim como você, podem ter passado por isso.

Então, não tente desvendar o motivo o qual eu rabisco por aqui. Apenas concentre-se no poder de cada palavra que escrevo por aqui e reflita sobre o que eu disse. Esta é a minha missão em cada rabisco que faço.

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Fraqueza.


Sou uma pessoa fraca. Sim, é meio audacioso dizer isso, mas confesso. Sou uma pessoa fraca, tenho medos e sou covarde.
Não cabem a mim para ficar contando todos os motivos os quais me fez chegar essa conclusão, pois se ficar contando, eu provavelmente estaria ocupando muitas páginas deste blog. E não é meu interesse ficar contando demais meus problemas pessoais. A minha real missão de contar por aqui é a reflexão que tenho de tudo isso que sinto e digo.
Muitos me conhecem como a menina dos conselhos. Sempre dando conselhos (úteis ou não) para as outras pessoas quando elas precisam. E sempre dou conselhos ou falo algo para essas pessoas sem nada em troca e sem compromisso. Na verdade, o que realmente importa neste momento de conselho é sentir que pelo menos eu fiz de tudo para ver o sorriso das pessoas.
Mas quando eu estou pensando em mim mesma vem aquele medos, e geralmente são os mesmos medos os quais muito daqueles que me pediram conselhos estavam passando. Fiquei, como se pode dizer, com uma certa paranóia na minha cabeça:

Eu não me entendo! Como eu posso está sentindo isso? Por que eu estou chorando? Eu não deveria está assim? Como é que eu antes estava bem agora estou chorando por causa dessa besteira? Até quando tenho que esperar? Por que nada de bom acontece comigo? Por que eu estou pensando nisso? Deixa de besteira, você é feliz! Se fosse feliz, porque está chorando então... AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Sim, todo esse conflito fica na minha cabeça. Coloquei na minha cabeça que eu não poderia ter esses tipos de medos e sofrimento. Principalmente quando eu penso nos mil conselhos que dou e todos eles poderiam ser ditos a mim mesma. Após disso vem àquela sensação de incapaz. Como você pode dizer isso para mim se você nem consegue superar seus problemas?
Até que um dia eu percebi que estava enchendo minha cabeça com algo tão simples e fácil de resolver. Eu sou uma menina normal como qualquer outra e percebo que, por mais que eu tire lições de tudo que vejo, eu ainda tenho meus medos e minhas fraquezas. Comuns ou não para qualquer ser humano. Pois é, a partir desses rascunhos eu assumo que tenho fraquezas. E hoje posso dizer que tenho orgulho de dizer isso pois pelo menos eu tenho a sensação que sou um ser humano.

E você? É fraco ou não? :)
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Salenco.


Salenco acordava bem cedo. Não importa quanto tempo ela passou dormindo, ela precisava levantar cedo. O café era essencial não somente para ela, mas para todos os homens da casa. Salenco era mãe de três filhos: Um era casado e vivia com a esposa, o outro era um professor e trabalhava fora e o terceiro morava na casa. E ainda tinha o marido que sempre passava a maioria do tempo contando sua vida em uma mesa de bar.

Mesmo sendo a única mulher da casa, Salenco era guerreira. Desde o casamento, sempre batalhava pela sua vida de professora. Acordava cedo para ir às escolas (pois ela trabalhava mais de uma escola) e cuidava da educação de todos os seus filhos escolares. O giz e o apagador eram suas armas do dia a dia. Mesmo sendo uma profissão pouco valorizada e injusta, ela sempre ia trabalhar de cabeça erguida, mesmo não tão erguida assim por dentro.

Em casa, conversas ou silêncio. Não importa como era o clima da casa, mas Salenco se sentia vitoriosa, pois venceu mais uma batalha diária. Porém o seu momento de heroísmo estava por vir...

Salenco escrevia quando podia. Mesmo versos bem trabalhados até desabafos escondidos debaixo da cama. Ela sempre escrevia. Não importa a quão cansada ela estava. Ela sempre escrevia muito. Para ela, escrever era um ato heróico. Pois escrevendo, dependendo da sua imaginação, você pode mostrar tão forte e tão imortal. Salenco sempre escrevia poesias fortes. E isso era uma auto-ajuda para espantar a sua fraqueza.

Eu me lembro uma vez que estava na casa dela como visita e perguntei: “O que você escreve tanto?” Ela dizia que muitas coisas. Coisas. Muitas. Muito. Perguntei mais uma vez: “Por quê?” Ela tirou os óculos do rosto e apenas disse: Um dia você vai entender o porquê. Naquela época eu não entendia. Isso é sério. Não entendia o poder o qual a escrita proporcionava. Salenco sempre usava as palavras como arma principal quando enfrentava o mundo. Tanto para enfrentar ou fugir de seus medos, tanto para proporcionar ou distanciar da felicidade e da tristeza. Não importa qual sentimento ela queira buscar o afastar da sua vida. A escrita sempre foi sua arma principal.

Infelizmente, essa arma não foi eficiente para sua morte...




Quando me falavam de heróis, sempre via na minha cabeça seres imortais, com poderes magníficos, incapazes de serem derrotados. Homens são animais interessantes. Sempre usam como base de sua inspiração, coisas que estão além do seu alcance. Com o tempo a gente aprende que heróis não são aqueles que lemos nas revistas em quadrinhos, tampouco aqueles que vimos nas salas de cinema. Heróis são aqueles que, mesmo não sendo mais presentes na Terra, foram seus mestres na vida. E no seu estilo de vida.

Salenco é minha heroína. E isso apenas usando caneta, papel e a sua imaginação.


Arma poderosa. Assim posso dizer.

Texto dedicado para Salete Ribeiro.

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Sonhar


Essa situação que aconteceu comigo é interessante. Não sei se já aconteceu com qualquer pessoa que escreve desta mesma maneira, mas com certeza, essa sensação já passou na sua cabeça. Após o texto anterior, onde muitas pessoas disseram "Nossa, nunca vi você escrevendo textos assim" ou, "Adorei o texto! Foi bem diferente dos textos que você escreve",fiquei com certo frio na barriga e com pensamentos do tipo: Devo escrever algo interessante, devo escrever algo bom.
Sei que meus textos não são algo de se tornar algo tão célebre, mas como os poucos que lêem acabam gostando, você desenvolve uma pressão em si mesma, como se houvesse uma obrigação, para essas pessoas que te acompanham, de mostrar algo bom aos seus olhos e pensamentos. Bem, vamos lá... Dedos prontos, braços relaxados, computador a postos e...



Nada.



Engraçado que fiquei assim desde o post anterior até agora. Fiquei até um pouco desesperada porque houve até pessoas cobrando "Cadê o post novo?" e também, como eu havia prometido não abandonar esse espaço, e não podia quebrar a promessa. Tentei procurar assuntos atuais até coisas abstratas. Mas nada surgiu. E isso realmente estava me deixando um pouco paranóica e até pensando em dá um tempo mais uma vez para esse espaço. Foi quando eu entrei no meu quarto em reforma hoje a tarde. Meu quarto está praticamente todo branco de poeira. Fiquei vendo os retoques que os pedreiros fizeram e admirei cada detalhe reformado, até quando vi a pia do meu banheiro toda branca de poeira.
Não resisti. Apontei o meu dedo indicador e comecei a escrever a palavra "Sonhar" na pia do banheiro. Depois eu desenhei uma borboleta, mas foi apenas para enfeitar a "arte" (Tirei até uma foto: É essa que está em cima do texto). Ao terminar a pequena "arte" me senti vitoriosa, me senti capaz. E ao mesmo tempo boba. Senti-me vitoriosa pelo fato de ainda ter sensibilidade de tirar um pequeno tempo da minha vida para escrever uma palavra tão poderosa e positiva ao ser humano. E me senti boba ao mesmo tempo por achar, neste tempo todo, que escrever textos enormes e bonitos fosse o ápice da escrita e essa pequena palavra mostrou que posso ser capaz de mostrar algo tão grandioso sem ter que ocupar espaço e mais espaços de linha.





"Sonhar". Foi um dos melhores rabiscos que já escrevi até agora.
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Tijolo.


De pura, Angélica tinha apenas o seu nome. Nascida de uma família rica, ela sempre odiou a monotomia e os pudores da sua família. Desde criança, quando infernizava as suas babás trancando no quarto, cortando os cabelos com a tesoura, ela sempre ouvia das bocas delas: Você é uma menina má! Muito má!
Só precisou apenas usar o primeiro absorvente para entrar de vez na vida sexual. E ela gostava. E muito. E sem o menor pudor. Pois sexo sem pudor a livrava de toda a submsissão. E submissão, para ela, era falta de poder. Os pais não sabiam mais o que fazer com ela: A mãe não tinha mais aquela moral e o pai, sem o que dizer, sempre mimava a garota com os luxos que a vida poderia proporcionar. E esse fato, a deixava mais poderosa do que eles.
Mas Angélica gostava de ambientes sujos. Sujos e nojentos. Ela era nojenta e se orgulhava disso. Decidiu se prostituir. Não porque precisava de dinheiro: É porque ela gostava disso. Pois pegar o dinheiro das necessitadas lhe dava mais poder.
Porém o que a deixava ainda mais com raiva era o moralismo dos pais. Planejou e arquitetou morte deles com maestria. Tanto que, até hoje, ninguém descobriu que a morte deles foram causados pela maldade dela. E isso matou a sua sede de poder total.
Ela tinha agora tudo que ela queria. A fortuna do pai e deixava estável para poder entrar e explorar ambientes de pura maldade. Sempre andava armada, pois sabia que havia pessoas vingativas. De todas que já tentaram matá-la, tiveram uma morte mais dolorida possível. Sangue, corpos carbonizados, estraçalhados estava no seu curriculum vitae. E se orgulhava disso, pois o respeito dos outros alimentava o seu ego e o seu poder.
Até que um dia, por um exame de rotina, Angélica descobria que estava com Aids. Aquela doença maldita. O que a mais deixava com raiva é que a doença podia ser mais malvada e mais poderosa do que ela, e ela não gostava disso nem um pouco. A partir do resultado, Angélica começou a planejar a sua morte. E ela decidiu que a morte não ia planejar a morte dela: Que a morte não ia ser mais poderosa do que ela.
Angélica descartou a possibilidade de pular de um prédio ou de jogar na frente de um carro. Isso, na opinião dela, são para os fracos que estavam desesperados de não aceitar os fatos da vida. No caso dela, ela não aceitava aquele fato de morte. Ela não queria morrer daquela forma e não ia mesmo. A morte não poderia ser mais poderosa que ela. Começou a tomar mil remédios fortes e misturar com cerveja. Começou a ficar tonta e a passar mal. Isso mesmo: ela estava morrendo da maneira como ela quis. Começou a rir freneticamente e gritava entre paredes dizendo que a morte não era páreo para ela e que ela tinha mais poder. Começou a vomitar e a delirar. Ela não estava mais consciente. E,no apíce da overdose, Angélica esbarra com uma estante e, de cima veio um tijolo a qual atinge sua cabeça letalmente.









Naquela noite, Angélica descobriu que a morte é mais malvada e poderosa do que ela. E isso, para ela, foi a mesma coisa que morrer na miséria.
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